O hirsutismo afeta 5% a 10% da população feminina. É caracterizado pelo crescimento anormal de pelos em áreas de padrão masculino como rosto,mento, tórax, abdome e dorso. Em 80% dos casos, está relacionado com um excesso de produção de hormônios masculinos (androgênios) pelos ovários e/ou glândulas suprarrenais.

O hirsutismo afeta 5% a 10% da população feminina. É caracterizado pelo crescimento anormal de pelos em áreas de padrão masculino como rosto,mento, tórax, abdome e dorso. Em 80% dos casos, está relacionado com um excesso de produção de hormônios masculinos (androgênios) pelos ovários e/ou glândulas suprarrenais.

Síndrome do ovário policístico (SOP) – é a causa mais comum de hirsutismo. Ela é marcada por um distúrbio endocrinológico que não só acarreta aumento na produção dos hormônios sexuais masculinos, mas também a formação de múltiplos cistos no ovário, irregularidade menstrual, infertilidade, resistência à insulina, diabetes mellitus e obesidade;

Síndrome de Cushing – presença de níveis elevados do hormônio cortisol produzido pelas glândulas adrenais (ou suprarrenais), pelo uso de hormônios sintéticos ou por enfermidades que envolvem essas glândulas e a hipófise;

Hiperplasia adrenal congênita – doença do metabolismo que resulta na produção insuficiente dos hormônios cortisol e aldosterona  pelas glândulas adrenais (suprarrenais), que passam a fabricar hormônios androgênicos em excesso;

Obesidade e sobrepeso, porque favorecem o aumento dos hormônios androgênicos;

Outros mecanismos que podem estar envolvidos nas causas do hirsutismo são: resposta exagerada do folículo piloso a níveis normais de androgênios, de causa desconhecida (hereditária, na maior parte das vezes); ingestão de medicamentos que podem estimular o crescimento dos pelos (corticosteroides e anabolizantes, por exemplo) e, em casos raros, pode ser uma manifestação de uma doença mais grave como tumores (benignos ou malignos) dos ovários e das glândulas suprarrenais.

O tratamento do hirsutismo varia segundo a causa subjacente do transtorno e as comorbidades eventualmente associadas, que requerem intervenção direta e, quase sempre, especializada. Em linhas gerais, o objetivo é combater o excesso de hormônios androgênicos circulante (se houver) ou bloquear sua ação no folículo piloso, a estrutura que dá origem ao pelo.

Recomendações para mudanças de estilo de vida para mulheres com obesidade.

Terapia combinada de estrogênio e progesterona para a maioria das mulheres, com a possibilidade de adição de um medicamento antiandrogênico após 6 meses em mulheres com resposta sub ótima.

Dos procedimentos cosméticos, até o momento, a depilação a laser representa a única forma definitiva de eliminar os pelos indesejáveis. Diferente do que acontece com a fotodepilação, que enfraquece os pelos, mas não os elimina totalmente. A depilação com laser é bastante eficaz nas pessoas de pele clara e pelos mais grossos e escuros. Pelos claros ou brancos, não se beneficiam com esse tipo de tratamento, porque não possuem melanina na quantidade suficiente.

Apesar do hirsutismo, por si só, não oferecer riscos maiores à saúde da mulher, ele pode ser sinal de uma doença endocrinológica ou neoplásica mais grave e não deve ser desprezado. Além disso, essa condição clínica pode afetar substancialmente a autoestima e a vida social das mulheres acometidas. Na suspeita de hirsutismo, consulte um endocrinologista.